Palavras da Ana; Compartilhando o Que Tenho Aprendido

Oi pessoal,

Esses dias fui muito abençoada com tantas coisas que ouvi e vivi durante a Conferência Desperta Igreja.

Eu queria compartilhar alguns pensamentos com vocês…

Às vezes nós, que temos o privilégio de pisar no campo missionário, seja por curto ou longo prazo, temos a pretensão de estarmos levando Jesus conosco para esses lugares. Mas nossa atitude deve ser diferente. Jesus já está ali, perto do que sofre, do que tem o coracão quebrantado e contrito. Ele está em todas as culturas, e nós temos a graça de sermos cooperadores dEle em Sua missão de abençoar este mundo.

É diferente chegar assim no campo missionário. Nos abrimos para enchegar a mão de Deus no outro, na cultura, nas mais diversas situações que acontecem, sem nos julgarmos melhores ou únicos “detentores” de Deus e de Sua presença.

Ouvi o testemunho de uma mulçumana que depois de quase três anos de amizade com uma missionária, no norte da África, escutou a canção “Bálsamo de Gileade”, e mesmo sem entender, pois fala árabe, abriu o seu coração e naquela noite teve um sonho. Jesus apareceu para ela, e ela lhe disse: “Jesus, o Senhor está tão distante de nós. O Senhor vem de outra cultura. E Ele lhe respondeu: Mas, Leila, eu moro aqui no seu bairro, e sou seu vizinho”. Isso fez com que ela visse Jesus como alguém que faz parte deles, que está perto, e essa revelação trouxe salvação àquela mulher.

Às vezes somos mais colonialistas do que missionários. Somos mais defensores de estruturas e modos do que somos a encarnação do Cristo, um reflexo de Sua pessoa. Às vezes estamos mais dispostos a defender nossa cultura e doutrina do que a nos relacionar com o outro como Cristo faria, despido de nossos
“tiques” denominacionais e culturais. E às vezes fazemos missões para cumprir a missão, e isso é como aliviar um fardo trazido pelo dever da religiosidade. E Jesus não era nem é assim. Ele é amor, é se envolver, se doar, se sacrificar, se identificar com o outro para de, alguma maneira, demonstrar o amor do Pai. Isso não é nada religioso. É quebra de paradigmas, muitas vezes.

Ouvi também que a Igreja não é ponto de chegada, mas sim, ponto de partida. Ao invés de acharmos que, uma vez salvos, incluídos e servindo em meio a uma comunidade local, já estejamos fazendoa vontade do Senhor, devemos, antes, ter na comunidade um lugar de renovo, de encorajamento, de cura e treinamento, para sairmos dali e partirmos no cumprimento da missão de Deus para nós, em amor. Ponto de partida, e não um clube narcizista, de culto egocêntrico. Igreja, ponto de partida em direção ao mundo perdido.

Ah, tenho tantas coisas borbulhando em meu coração… Aos poucos, vou compartilhando… E espero estar abençoando com um pouco do tanto com que fui abençoada nesses dias… Desperta Igreja!

Fonte: Blog da Ana.