Amanhã é comemorado o dia das crianças! E isso me trouxe à mente um pensamento: a questão do amadurecimento. Em todas as áreas da nossa vida, inclusive em nosso relacionamento com Deus. É preciso aprender a enxergá-lo como um Pai, amoroso e responsável por nós.
Há algum tempo tenho lutado para deixar de ser menino! Reconheço que, em muitos aspectos, ainda almejo atingir a estatura de um homem. Não é uma tarefa fácil. Para mim, dificultada pelo fato de eu habitar em meio a mais meninos que homens. E creio que isso é regra para a maioria de nós.
Vivemos em um mundo onde é mais fácil não amadurecer. Com isso, nos vemos cercados de pessoas cujas atitudes são recheadas de infantilidade. Inclusive no trato com a espiritualidade. Mas é hora de deixar tudo isso para trás:
“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino...” Gosto dessas palavras de Paulo. Com elas, percebo que muitas coisas que antes faziam sentido já não mais fazem. Tantas antes “grandes coisas” agora não passam de tolices.
Como Pai, Deus cuida de nós. Mesmo que às vezes a gente não reconheça tal cuidado. Em grande parte das situações, esse cuidado se manifesta justamente no fato de Ele não nos dar aquilo que queremos, quando queremos e da forma que queremos. Quem nunca viu um pai negar um pedido a um filho? Quem nunca teve um pedido negado pelo seu pai biológico (ou de criação)? Para isso, basta que tal vontade seja incoerente. Em muitos casos, um desejo até perigoso e nocivo para nós.
Quando somos meninos, é preciso que nossos pais nos peguem pela mão, nos ensinem por onde ir ou não. Mas chega uma fase em que nossos pais precisam nos deixar errar. Sem erro não há aprendizado. E assim é o nosso Deus-Pai... Chega um momento em que Ele não nos proíbe de seguir pelos nossos caminhos, mesmo que sejam maus... Caso contrário, Ele nos impediria de amadurecer.
No entanto, penso que ninguém quer errar para sempre. Há, na vida, o momento de reconhecer o erro e seguir em frente, levando apenas o aprendizado. Não sei quanto a você, mas tambémmquero declarar a outra parte das palavras de Paulo: “quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino”.
De forma alguma deixaremos de amar os meninos que nos cercam. Apenas não devemos compactuar mais com as suas meninices...
Há tempo para tudo, como bem lembra o Eclesiastes! Inclusive para amadurecer...
Rafael Rocha
rafaelrocha@portaldt.com