O Portal Diante do Trono, analisando as dificuldades enfrentadas no entendimento de ciências que rebatem ideias da Bíblia Sagrada, viu na criação desta nova série um instrumento eficaz para que vocês leitores pudessem consultar, opinar e formar suas próprias conclusões sobre um tema muito polêmico, mas ao mesmo tempo importante: Quem nos formou e como isso aconteceu.
O evolucionismo, ensinado e esmiuçado em quase todas as escolas brasileiras, gera debates e dúvidas nas nossas mentes, até mesmo por sermos cristãos autênticos e dotados por Deus da inteligência que nos faz pensar. Resolvemos então relatar para vocês, por meio da presente série, “Evolua”, os principais pontos do evolucionismo e do criacionismo, não omitindo seus pontos positivos e negativos (quando houver).
Utilizaremos os mais diversos textos e pensamentos de vários autores, dentre eles o simpático jornalista e teólogo, graduado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Michelson Borges, que administra o blog “O Criacionista” e colaborou bastante com a série “Evolua”.
Ao ler cada texto, pense e reflita! Não como um fundamentalista qualquer, mas como uma pessoa que está disposta a aprender e a tirar conclusões que servirão para a edificação do seu espírito.
Evolua!
Para começarmos a entender como todo o caloroso debate entre ciência e fé começou, vamos analisar primeiro o que defendem as duas teorias em questão, o Evolucionismo e o Criacionismo. Começaremos agora com o Evolucionismo, que alcançou seu ápice através de Charles Darwin e é defendido por vários biólogos e cientistas.
O Evolucionismo:
"Fatos falsos são altamente prejudiciais ao progresso da ciência, por sua natureza prolongada; mas falsas opiniões, se suportadas por alguma evidência, causam pequenos danos, pois todos sentem um prazer salutar em provar sua falsidade." [Charles Darwin]
Na verdade, só no ano seguinte, quando Darwin publicou o livro "Origem das Espécies", a teoria evolucionista - que também se tornou conhecida como darwinismo - produziu todo seu impacto. Entre suas implicações, encontrava-se o questionamento da atuação divina na criação das espécies. A ideia de criação era substituída pela de evolução, regida pelo princípio da seleção natural. Nascia uma polêmica que ainda não se encontra encerrada: evolucionistas e criacionistas continuam a se enfrentar - com maior ou menor afinco - até os dias de hoje.
No entanto, o episódio da leitura dos textos de Darwin e Wallace em 1858 é importante não somente por antecipar a revolução evolucionista, mas também por revelar um aspecto profundamente humano da produção do conhecimento científico. De certo modo, a leitura aconteceu naquela data para garantir a Darwin - que há 20 anos elaborava esta teoria da “transformação” - o papel de protagonista na formulação dessa teoria.
Para os evolucionistas, tudo o que vemos e conhecemos hoje não foi criado em seis dias, como diz o relato do livro de Gênesis, mas em um processo que durou bilhões de anos. É defendido por eles também que tudo foi mera obra do acaso, sem nenhuma projeção ou planejamento, simplesmente aconteceu.
Tudo se resume a “elos” (ancestrais comuns) que, em milhões de anos, se modificaram geneticamente através de mutações e foram dando origem a outras espécies, preservando características do ancestral e adquirindo novas habilidades e características que os permitiram sobreviver no ambiente em que se situavam ou se situam. Aliás, o ambiente, segundo o evolucionismo, é o fator que mais seleciona os indivíduos, fazendo com que os mais adaptados – não os mais fortes – se sobressaiam aos demais. Por exemplo: um leão seria mais adaptado para viver na África do que um urso polar, já um pinguim seria mais adaptado para viver em um dos pólos glaciais do planeta do que um leão. Tudo, como foi dito, é selecionado pelo ambiente.
Um ponto importante da teoria é que o homem e o macaco tenham surgido de um mesmo ancestral comum (considerado “elo perdido”), visto que 99,4% do DNA de alguns macacos seja igual ao DNA humano. Os humanos, portanto, seriam apenas uma consequência da evolução.
Em certo momento, através de uma grande explosão (Big Bang), bactérias começaram a evoluir e a dar início a um processo de evolução que resultaria na grandiosidade das coisas que hoje vemos ao nosso redor – inclusive nós mesmos.
O Criacionismo:
“Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente”. [Isaac Newton]
Segundo a Bíblia, o mundo foi criado em seis dias. Deus, o grande Criador de todas as coisas, certo dia resolveu criar a Terra e o seres viventes que nela habitam. Em cada dia, Ele fez diferentes tarefas:
1º dia: Deus criou a luz e a separou da escuridão.
2º dia: Deus criou o firmamento e separou as águas que existiam.
3º dia: Deus separou os mares da terra seca.
4º dia: Deus criou o Sol, a Lua e as estrelas.
5º dia: Deus criou os peixes e os pássaros.
6º dia: Deus criou os animais, o homem e a mulher.
7º dia: Deus descansou, satisfeito por tudo o que havia criado.
Portanto, tudo foi criado através de um propósito, um plano que nasceu no coração de Deus – o Criador – e resultou na nossa formação e na formação de tudo o que hoje existe. Os seres humanos foram criados por Deus, à Sua imagem e semelhança, dotados de inteligência, e com a capacidade de dominar a natureza, também criada por Deus.
O primeiro homem – Adão – tinha como mulher Eva que deu-lhe alguns filhos, como Caim e Abel.
Essa história encontra-se no livro de Gênesis, mas é confirmada em outros livros da Bíblia:
"Lembra-te do dia do sábado para o santificar, seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus... porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra e o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou." (Êxodo 20:8-11).
"Porque, como pela desobediência de um só homem (Adão) muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos." (Romanos 5:19).
Sendo assim, a teoria do Criacionismo se baseia em um plano que Deus fez, de criar a Terra e os seres humanos, com capacidade para pensar, raciocinar e, principalmente, amá-Lo.
No nosso próximo encontro nós falaremos sobre uma teoria que foi lançada e que concilia essas duas teorias que acabamos de apresentar. A teoria do "Design Inteligente" será o nosso próximo assunto.
Não perca então! Próxima terça, 11/01, às 13:00h.
Tadeu Ribeiro.
Supervisão de Texto: Rafael Rocha
